segunda-feira, 17 de junho de 2013

TALENTO...



Talento... é o nome deste cavalo!

O vídeo demonstra o resultado de um manejo tranquilo e bem feito com um cavalo sem traumas, que entende perfeitamente a linguagem utilizada, e obedece aos comandos sem reações e resistências.
 
O objetivo é demonstrar que tudo é possível se utilizarmos uma linguagem adequada, com respeito e confiança.

A doma e o treinamento de cavalos funcionam como uma escada. Cada ensinamento é um degrau que subimos para que possamos alcançar o objetivo desejado.

A maior parte dos problemas ocorridos durante a doma e o treinamento tem como causa a ansiedade, que leva a pular etapas (degraus).

O aprendizado sólido é aquele que leva em conta o tempo e o limite de cada cavalo. São fatores individuais, que devem ser respeitados sempre.

Duvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço.

terça-feira, 4 de junho de 2013

POR QUE EM PÉ? POR QUE SEM CORDAS? POR QUE CONTATO FÍSICO?

Seguidamente em cursos e palestras me fazem perguntas do tipo: "Por que tu trabalha (quase) sem cordas?", "qual o objetivo de ficar em pé no cavalo?", "por que tem tanto contato físico?"
A resposta para todas essas perguntas é a mesma: Trabalho com poucas cordas (o mínimo possível), com muito contato físico (em pelo, abraços, carinhos) e faço algumas peripécias como ficar em pé e posicionar a pata do cavalo sobre minha cabeça com o objetivo de ganhar e passar confiança!

A confiança é a base de uma boa relação com os cavalos. Ela deve ser mútua. Para ganha-la de um cavalo, eu preciso primeiramente confiar nele. É neste momento que entram todos esses recursos.
O fato de trabalhar com poucas cordas e em pelo me permite um contato fino com o cavalo. Deste modo ele é capaz de sentir a menor tensão que imponho nas pernas e no fechar da mão segurando as crinas.
"Mas tu confia em um cavalo que tu não conhece para andar em pelo e sem cordas nele?" Se um cavalo que eu não conheço quiser me derrubar, ela o fará com enorme facilidade. Neste caso, com ou sem cordas, rédeas, sela e demais equipamentos. E quanto à segurança, por experiência, hoje em dia prefiro cair limpo do que correr o risco de ficar preso a algum estribo ou rédea durante uma queda.
Afora isso, este método de trabalho dá maior relevância, num primeiro momento, ao aprendizado dos comandos de perna. Isso fará toda a diferença posteriormente, quando a boca passará a ser uma ajuda para casos extremos, e não o mecanismo de comando principal para virar para os lados e parar. Com isso se consegue muito menor reação negativa por parte dos cavalos em relação à embocadura.
Ficar em pé no cavalo, sentar virado para trás, montar pelos dois lados e demais exercícios que comumente faço não são invenção minha, nem tampouco meramente teatrais, como alguns pensam. São movimentos que estão presentes em modalidades como o volteio, por exemplo, e que tem basicamente duas funções:

A primeira, e já citada, é um exercício de confiança... Confiar que terás um animal parado naquele momento te ajuda a transmitir a confiança que o cavalo necessita para manter-se parado naquele momento... é uma troca de energias fantástica naquele momento.
A segunda, e não menos importante, é que estes movimentos treinam o equilíbrio, tanto do cavaleiro como do cavalo. Enquanto estás tentando te equilibrar ao desempenhar tais exercícios, teu cavalo está se acostumando a manter o equilíbrio mesmo com o deslocamento do peso sobre ele.
O equilíbrio é fator fundamental para um bom cavalo e certamente um dos fatores mais relevantes para um cavaleiro. Quem não tem equilíbrio, não tem assento no cavalo, e por conta disso acaba buscando o equilíbrio nas rédeas, exercendo força desproporcional e desnecessária numa região tão sensível e importante do cavalo: A BOCA.
Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço!